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Início Internacional

Estados Unidos

Corrupção ganha caráter de segurança nacional nos EUA

Biden assina memorando de combate, mas atitude não lida com questões estruturais da prática

14.jul.2021 às 18h28
Los Angeles (EUA)
Eloá Orazem

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conduz plano que prevê aumento significativo de investimento público - Saul Loeb / AFP

A prática da corrupção agora é caso de Segurança Nacional nos EUA. Isso porque a administração de Joe Biden assinou um memorando de comprometimento para agir de maneira mais enérgica contra crimes desta natureza. 

Embora na prática isso não seja indicação de qualquer mudança, o professor de direito administrativo da Harvard, Matthew Stephenson, explica ao Brasil de Fato que o movimento do democrata é simbólico por diferentes razões.

"Primeiro,é importante porque é assinado pelo próprio presidente, o que dá mais peso ao documento. Depois, é preciso ressaltar que esse título enquadra a corrupção na questão de segurança nacional e relações internacionais". De fato, um dos termos de Biden é auxiliar outros países a fazer o mesmo, ou seja, coloca a corrupção na agenda de intervenção dos EUA. 

O país ocupa, atualmente, a posição de número 25 no ranking de índice de percepção da corrupção, publicado anualmente pela Transparency International, a maior coalizão global contra a corrupção. Desde 2012, os EUA já perderam 6 pontos no ranking que contempla 180 países.

"Esse último relatório foi publicado no começo do ano, com dados de 2020, ainda na era Trump", pondera Stephenson. A ressalva do professor é importante porque, dependendo da liderança, a percepção das pessoas em relação à corrupção pode mudar, mesmo que os casos, em si, permaneçam os mesmos.

"Eu chamo isso de efeito Trump. O que acho que aconteceu é que a percepção assertiva de que Donald Trump é um ser altamente corrupto e desinteressado em lutar contra a corrupção criou uma impressão muito negativa dos EUA", afirma o professor. 

Leia mais: Artigo | Plano Biden e os impactos para o Brasil

O chefe interino de Movimento Global da Transparency International, Alejandro Salas, concorda com o professor. "O papel do líder é extremamente importante porque dita o tom e serve de exemplo. Isso ficou claro durante a pandemia.

Os países liderados por presidentes negacionistas, que não usavam máscaras e zombavam da gravidade da doença, saíram-se pior porque muitas pessoas seguiram o exemplo, não tendo qualquer cuidado. São formadores de opinião, o que falam na televisão ou em discursos têm um enorme poder.

Portanto, se um presidente ou líder de um país, ou seus aliados próximos, estão envolvidos em casos de corrupção, isso envia uma mensagem muito negativa: se eles podem fazer isso, eu também posso. Se eles não forem punidos, é provável que eu também não seja", contou Salas à reportagem do Brasil de Fato.

Natural do México, o atual chefe do Transparency sabe o que é viver com a lógica da corrupção: seu país está na 124a posição do ranking do índice de percepção da corrupção, enquanto o Brasil ocupa o 94º lugar.

Ele afirma que uma das percepções é que haveria mais corrupção em lugares como países africanos, “a nossa América Latina”, Ásia ou países da ex-União Soviética porque esses países teriam “instituições democráticas mais frágeis para proteger o dinheiro público e a tomada de decisão pública". 

No entanto, como argumenta Stephenson, a incidência de corrupção está diretamente ligada à renda de cada população, o que significa que sociedades ricas também funcionam sob lógicas desonestas.

"Seria negligente não mencionar a possibilidade de que em sociedades mais ricas existam muitos esforços de pessoas poderosas e ricas para manipular o sistema em benefício próprio. Essa pode não ser aquela mesma corrupção 'crua' que vemos nos jornais associadas ao chamado 'mundo em desenvolvimento', mas ainda é corrupção, e é difícil de assimilar porque porque as atividades dessa influência são constantemente transformadas". 

Leia mais: Artigo | Escândalos, diversionismos, CPI e o diretor da CIA vem ao Brasil

O professor de Responsabilidade Social na Universidade de Wharton, Philip M. Nichols, acredita que a corrupção nos EUA é menos "escandalosa" por sua complexidade. "Ela se manifesta mais nos níveis estaduais e locais", disse ao Brasil de Fato.

Essa particularidade seria um legado do Civil Service Act, assinado pelo presidente John Garfield ainda no século XIX, que defendia que cargos públicos fossem concedidos por mérito e não como uma troca de favores. Assim, a “legislação proibia a escolha de cargos federais por escolhas políticas, mudando drasticamente o quadro de funcionários na esfera do poder público federal".

Ainda assim, Wharton não fecha os olhos aos problemas do país – já que "ainda há muita corrupção em todos os níveis, e infelizmente isso piorou durante a gestão anterior". 

Por fim, Salas explica que o problema com esse tipo de crime é que ele vai muito além do desfalque econômico:

"Quando os governos traem nossa confiança, não somos prejudicados apenas pelo desvio de verba que deveria ser usado na construção de uma escola, de um parque ou para melhorar a infraestrutura de uma ponte. É prejudicial porque tem um forte efeito psicológico, que vai além do dinheiro – ficamos sem saber em quem confiar".

 

Editado por: Arturo Hartmann
Tags: corrupçãoeua
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