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Início Internacional

GOLPISTA NA PRISÃO

Luis Fernando Camacho é preso na Bolívia por golpe de Estado de 2019

Após liderar o golpe de 2019, Camacho foi eleito governador da província de Santa Cruz em 2021

29.dez.2022 às 11h26
São Paulo (SP)
Michele de Mello

Luis Fernando Camacho foi um dos protagonistas do golpe de Estado de 2019 na Bolívia e foi preso na última quarta (28) - Luis Gandarillas / AFP

O governador da província de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, foi preso na última quarta-feira (28) por seu envolvimento no golpe de Estado de 2019 na Bolívia. Camacho é um dos líderes destacados da oposição de extrema-direita boliviana e foi protagonista dos atos que levaram à destituição do governo de Evo Morales e alçaram Jeanine Áñez ao poder. 

Desde que o Movimento ao Socialismo (MAS-IPSP) voltou ao governo, através da vitória eleitoral de Luis Arce, em 2020, a justiça boliviana abriu o caso Golpe de Estado I para investigar os envolvidos no plano desestabilizador. 

De lá pra cá, uma dezena de pessoas já foram presas e julgadas, incluindo a ex-presidenta golpista Jeanine Áñez. Em 2019, a então senadora se autoproclamou presidenta da Bolívia em uma sessão sem quórum no Senado, e após pressão dos militares para que Evo Morales renunciasse.


Camacho carregando uma bíblia ao lado de Jeanine Áñez, no Palácio do Governo da Bolívia, após a autoproclamação e golpe de Estado em novembro de 2019 / Jorge Bernal /AFP

No dia 12 novembro de 2019, após a autoproclamação, Camacho ingressou no Palácio de Governo, em La Paz, ao lado de Áñez carregando uma bíblia.

Na tarde de quarta, o governador foi preso em Santa Cruz e levado pelas autoridades em helicóptero até La Paz. Ele se nega a oferecer declarações, afirmando que entregará um texto escrito, pois teme que suas declarações fossem "distorcidas" pela Justiça boliviana. 

"Quero deixar claro que sou orgulhoso de ter formado parte da maior luta da história pela liberdade da Bolívia", disse o governador opositor. 

Ainda que no documento conste que Camacho ofereceu esta declaração de forma voluntária, a oposição acusou a detenção de ser um sequestro e que as autoridades bolivianas estariam torturando o governador de Santa Cruz.

Em resposta, o ministro de Governo Carlos Eduardo Castillo publicou fotos de Luis Fernando Camacho detido e sendo atendido por profissionais da saúde. 

Leia também: Otimista com Lula, García Linera diz que América Latina precisa da liderança brasileira

"Instruímos que seja feita sua avaliação médica correspondente, respeitando os direitos constitucionais e direitos humanos, como fazemos com qualquer detento. Desmentimos toda informação sobre supostas lesões causadas ao senhor Camacho. Informamos que sua saúde é estável", publicou o ministro.

O ex-presidente Evo Morales celebrou a detenção de Camacho como um símbolo da busca pela justiça e reparação dos danos causados pelo golpe. 

"Finalmente depois de 3 anos, Luis Fernando Camacho responderá pelo golpe de Estado que derivou em roubo, perseguições, detenções e massacres pelo governo de fato. Confiamos que está decisão se sustentará com a firmeza que demanda o clamor popular por justiça", disse Morales.

A punição dos protagonistas do golpe de Estado na Bolívia gera reviravolta em toda a extrema-direita regional. 

Representantes do chamado Fórum de Madri, plataforma ultraconservadora criada para financiar campanhas de extrema-direita na Europa e na América Latina, usam as redes sociais para disseminar fake news sobre o caso. 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) é um deles. "Bolívia inaugura oficialmente agora sua ditadura com a prisão do governador de oposição" e ainda faz referência a uma publicação do veículo Ópera Mundi: "imprensa militante o chama de golpista, mas todos sabem que a eleição de 2019 foi fraudada e Evo deu golpe com sua suprema corte para concorrer a um 4º mandato consecutivo", disse.

:: Bolívia diz que não aceita ingerência do Brasil na política interna após oferta de asilo a Áñez ::

Jair Bolsonaro, em mais de uma ocasião, declarou que "não iria ter o mesmo destino de Jeanine Áñez" e não seria preso. Durante a campanha, em outubro deste ano, Bolsonaro recebeu a filha da ex-senadora boliviana, Carolina Ribera Áñez. Há ainda acusações da polícia boliviana de que o Brasil estaria acobertando o ex-ministro de Defesa, Luiz Fernando López, foragido da justiça pelas investigações sobre o golpe de Estado.

Ações de desestabilização

Depois de vencer as eleições para o governo de Santa Cruz, em abril de 2021,Camacho passou a utilizar a estrutura do estado mais rico da Bolívia para convocar atos desestabilizadores contra o governo nacional. 

Em novembro deste ano, o estado de Santa Cruz manteve bloqueios e paralisações por três semanas para pressionar pela realização do censo demográfico nacional em 2024 – demanda que acabou sendo atendida pelo presidente Luis Arce.

Quem é Camacho?

Luis Fernando Camacho é advogado, tem 43 anos e é governador da província de Santa Cruz e acionista do grupo Nacional Vida S.A., do qual sua família é proprietária. Entre 1989 e 2009, a família de Camacho detinha o monopólio da distribuição de gás em Santa Cruz de la Sierra, capital da província homônima, até que o serviço foi estatizado em todo o território nacional pela gestão de Morales.

:: Saiba quem é "Macho" Camacho, líder do golpe na Bolívia e aliado de Ernesto Araújo ::

Antes, Camacho foi presidente do Comitê Cívico pro Santa Cruz, onde passou a liderar campanhas da Media Luna – movimento ultraconservador separatista da região de maioria branca, rica em hidrocarbonetos, como o gás natural, e com forte presença do agronegócio. Abrange os estados de Tarija, Chuquisaca, Santa Cruz, Beni e Pando, no oriente boliviano, região de fronteira com Brasil.  

Editado por: Thalita Pires
Tags: bolíviagolpegolpe de estado
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