massacre

Israel mata 700 palestinos nas últimas 24h; em dois meses, 15 mil foram assassinados

Desde a última sexta-feira (1º), Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Palestinos retiram mortos dos escombros após recentes ataques de Israel contra a Faixa de Gaza - Said Khatib/AFP

O diretor-geral do Gabinete de Comunicação Social do Governo em Gaza, Salama Marouf, informou que aproximadamente 700 palestinos foram mortos nas últimas 24 horas. A informação foi publicada pelo jornal Al Jazeera.  

Desde a última sexta-feira (1º), intensos ataques aéreos foram feitos por Israel na cidade de Khan Younis, ao sul de Gaza. Os habitantes locais descreveram o bombardeio como o mais intenso registrado durante o conflito.  

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Também há relatos de que o campo de refugiados de Jabalia, o maior da Faixa de Gaza, foi destruído. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o campo que fica ao norte da região tem cerca de 116 mil refugiados registrados. 

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Após o fim do cessar-fogo, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o major Rafael Rosenshein, publicou em suas redes sociais um mapa com os locais que devem ser evacuados pelos palestinos na Faixa de Gaza. A determinação é que os moradores de Khan Younis se dirijam mais ao sul, para abrigos em Rafah, na fronteira com o Egito.  

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, até o recente cessar-fogo, em 24 de novembro, cerca de 15,2 mil palestinos morreram, incluindo de 6.150 crianças e 4 mil mulheres, devido aos ataques israelenses, segundo um comunicado do governo da Faixa de Gaza disparado no Telegram. 

O cessar-fogo foi derrubado no último dia 28, depois que Israel e Hamas trocaram acusações sobre quebras do acordo. Em entrevista à Al Jazeera, o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Saleh al-Arouri, clamou por um cessar-fogo "abrangente e definitivo". 

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"A ocupação [israelense] insiste que ainda há mulheres e crianças detidas, mas dissemos que entregamos todas elas. Os restantes prisioneiros em Gaza são soldados e civis que serviram no exército de ocupação", disse Arouri.  

Os outros prisioneiros não devem ser liberados até que Israel interrompa os ataques contra a Faixa de Gaza, de acordo com o próprio Hamas. "Os nossos prisioneiros sionistas não serão libertados até que todos os nossos prisioneiros sejam libertados e um cessar-fogo seja estabelecido. A resistência está preparada para todos os cenários militares israelitas, seja guerra terrestre, aérea ou outra", disse Arouri. 

Edição: Vivian Virissimo