O poeta Mario Pirata lança neste sábado (10) o livro Ciomacio (Libretos Editora, 112 páginas, R$50). O evento que tem início às 16h, contará com sessão de autógrafos e sarau poético com microfone aberto, na Casa Alice – Rua Olavo Bilac, 188 – na Cidade Baixa, região central de Porto Alegre (RS). A entrada é gratuita.
Nesta edição, o autor se aventura pelos estilos de poesia japonesa, haicais e tankas. Mas Pirata não deixa de imprimir a forma de texto própria e única que encantou leitores com as obras Pé-de-vento de nome Huá, Cambalhota e Fera Flor.

Num dos tankas de Ciomacio, ele nos diz: “para quem/já foi holofote/ando meio toco de vela/mas ainda volto/a ser fogueira”. O tanka é uma forma de poesia japonesa anterior ao haicai. Tem cinco versos, distribuídos, geralmente, em dois tempos, que podem estar dispostos em duas estrofes, uma de três e outra de dois versos.
No Brasil, o haicai ficou mais conhecido, mas conta com referências em traduções, com o tankas de Takuboru Ishikawa e Machi Tawara. De produção nacional, Jiddu Saldanha e Claudio Daniel são dois dos que lançaram livros, aclimatando no país mais essa forma oriental.
“Seu gosto pelo inusitado, pelo humor na solução dos conflitos e dos poemas, pela sonoridade das rimas internas e externas, tudo isso está mais uma vez aqui presente. Mario Pirata, de fato, iluminou, e segue a iluminar, toda uma geração de poetas”, menciona o poeta Ricardo Silvestrin na orelha do livro.
Sobre o autor
Mario Augusto Franco de Oliveira, Mario Pirata, nasceu em Porto Alegre (RS). Cursou Filosofia na Universidade Federal do RS. Participou de cursos na área de dança, teatro e música. Tem formação em psicomotricidade e recreação terapêutica. Fez parte da “geração mimeógrafo” dos anos 1970 e 1980. Tem 17 livros publicados, participações em antologias e publicações diversas.
Pirata tem um papel importante, junto com sua geração, na renovação da poesia brasileira, retomando a coloquialidade, a musicalidade e, sobretudo, levando a poesia para o convívio das pessoas. Ele começou escrevendo folhetos, circulando em bares, escolas, cinemas. O poema, no trabalho de Mario Pirata, vai muito além do livro. É motivo de encontro, com o poeta em carne e osso, com seu corpo e sua voz.
A obra de Pirata abrange grande multiplicidade de temas e de situações do cotidiano, extraindo a beleza das coisas mais improváveis e dos fatos mais banais. Seus poemas oscilam entre o encanto e o desencanto da vida mostrando humor e ironia. E também toda a magia.
