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Sul global

100% de taxação? Entenda o que está em jogo após ameaça dos EUA contra países do Brics

Novas sanções tarifárias de Washington podem atingir Brasil, mas eficácia das restrições é questionável

24.jul.2025 às 10h31
Moscou (Rússia)
Serguei Monin
Lula manda indireta a Trump: ‘Sabotar a Organização Mundial da Saúde é um erro com sérias consequências’

Lula, em reunião de representantes dos Brics, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (26) - Ricardo Stuckert/PR

Diante do impasse nas perspectivas de resolução da guerra da Ucrânia, os Estados Unidos subiram o tom contra a Rússia e ampliaram as ameaças contra países do Brics, mirando inclusive o Brasil. Foi o que ficou claro na fala do senador estadunidense, Lindsey Graham, um dos principais aliados de Donald Trump no Congresso, na última segunda-feira (21).

Ele reforçou as ameaças feitas pelo presidente dos EUA contra a Rússia em 14 de julho, afirmando que Washington pode impor tarifas secundárias de 100% contra a Rússia. Segundo Graham, essas tarifas serão impostas a países parceiros de Moscou que compram petróleo russo, como China, Índia e Brasil, caso não haja avanço na resolução da guerra da Ucrânia em 50 dias. Ele destacou que esses países serão forçados a “escolher entre a economia norte-americana e ajudar Putin”.

“Trump imporá tarifas sobre aqueles que comprarem petróleo russo. China, Índia e Brasil — esses países compram cerca de 80% do petróleo russo barato. O presidente Trump imporá tarifas de 100% a todos esses países”, disse ele.

Vale destacar que Graham é autor de um projeto de lei sobre novas sanções contra a Rússia, que implicam em taxas de até 500% sobre produtos que chegam aos Estados Unidos de países que compram petróleo russo.

A declaração gerou uma reação firme da diplomacia brasileira. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil não vai buscar diálogo com Otan, pois considera a fala do secretário-geral da aliança militar ocidental como “totalmente descabida”.
“Dialogar com a Otan, não. Nós não fazemos parte [da Otan], nem os outros países [Brics] que o secretário-geral mencionou. Eu acho uma declaração dele totalmente descabida, fora de propósito, fora da área de competência dele”, afirmou.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o diretor do Instituto Ucraniano de Política, Ruslan Bortnik, destaca que, ao mesmo tempo, a ameça de impor tarifas em um período de 50 dias representam uma forma de ganhar tempo. De acordo com ele, nesse meio tempo Trump pode receber o projeto de lei “lindsey Graham”, que o permitiria adotar de forma direta, pois o próprio presidente deve tomar a decisão final sobre sanções, tarifas de 500%.

“Então, por um lado, a ideia sobre tarifas de 100% é uma forma de adiar o projeto Lindsey Graham por um tempo, e, por outro lado, 100% não é 500%. Então de qualquer forma a diferença é significativa. Tanto o projeto Lindsey Graham, quanto essa ideia do Trump de adotar tarifas secundárias são para países que comercializam com Moscou, porque restringir o comércio entre EUA e Rússia já não faz mais muito sentido já que é quase inexistente, se encontra em um nível mínimo. Mesmo antes já não era muito inexpressiva, sendo de cerca de 5 bilhões de dólares antes da guerra”, argumenta.

Após as declarações de Trump, foi a vez do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, fazer ameaças à Rússia e aos seus parceiros do Brics, inclusive o Brasil.

“Se você for o presidente da China, ou o primeiro-ministro da Índia, ou o presidente do Brasil, e ainda estiver negociando com os russos, recebendo seu petróleo e gás, e às vezes até revendendo por um preço mais alto, saiba que se esse cara em Moscou não levar as negociações de paz a sério, iremos impor sanções secundárias de 100%.”, disse.

Otan adere à ameaça ao Brics

Em meio às falas das possíveis tarifas contra Moscou e seus parceiros, outro anúncio que marca uma importante inflexão na posição de Trump em relação à Rússia foi de um acordo com a Otan sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, que será feito às custas dos países europeus, que comprarão armamentos dos EUA e em seguida fornecerão a Kiev.

O cientista político Ruslan Bortnik afirma que a movimentação de Trump representa uma estratégia baseada em dois princípios. O primeiro seria diminuir a sua participação na guerra, mas manter o fornecimento de armas, criando uma relação com a Ucrânia “não mais de aliado”, mas “comerciante”.

“Esse arranjo entre os EUA e os membros europeus da Otan, que vão comprar armas e fornecer à Ucrânia, significa uma coisa só: Trump não entregará mais nada à Ucrânia sem compensação. A partir de agora ele irá vender esses armamentos”, analisa. Por outro lado, Ruslan Bortnik aponta que Trump não pretende fazer concessões a Moscou e “não pretende abrir mão da sua zona de influência, tanto europeia quanto ucraniana”.

“Por isso, Trump mantém consigo a opção de, em qualquer momento, entrar mais na guerra, voltar ao conflito, e também mantém a opção de controlar o nível da escalada da guerra, por exemplo em relação ao fornecimento de mísseis Tomahawk, ou ampliação do alcance dos meios de atacar o território russo”, completa.

A Rússia reagiu com cautela às ameaças de Trump, mas reforçou que a retórica de ultimatos é inaceitável para Moscou. De acordo com o chanceler russo, Serguei Lavrov, os objetivos de Trump ainda não estão claros.

“Nós, é claro, como disse [o porta-voz do Kremlin] Dmitry Peskov, queremos entender o que significa essa declaração sobre 50 dias. Já tivemos avisos de 24 horas antes, já tivemos de cem dias também. Todos nós já passamos por isso e realmente queremos entender o que motiva o Presidente dos Estados Unidos”, afirmou.

“É evidente que ele está sob enorme, eu diria flagrante, pressão da União Europeia e da atual liderança da Otan, que apoia sem cerimônia as exigências do Zelensky de continuar a bombardeá-lo com armas modernas, inclusive ofensivas, à custa de danos cada vez maiores aos contribuintes dos países ocidentais”, completou Lavrov.

Viabilidade das ameaças é frágil

As ameaças de Trump à Rússia acontecem em um cenário de desgaste do presidente dos EUA com a ineficácia dos seus esforços de promover negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.

Assim, a ideia das chamadas tarifas secundárias anunciadas por Trump consiste no fato de que tarifas aplicadas diretamente contra a Rússia não surtiriam efeito, considerando o baixo volume comercial entre Moscou e Washington nos últimos anos. O objetivo é atingir a economia russa, prejudicando as suas exportações de recursos energéticos.

No entanto, apesar do tom provocativo do secretário-geral da Otan, analistas apontam que a eficácia das ações de Trump ainda é bem questionável. Para o diretor do Instituto Ucraniano de Política, Ruslan Bortnik, “essa ameaça pode potencialmente assustar apenas a alguns países pequenos, mas essa ameaça não vai assustar os parceiros-chave de Moscou”.

“Por isso são sanções em relação a países terceiros. Quais são os principais parceiros comerciais da Rússia hoje? China, Índia, Turquia, países da Ásia Central, países com os quais Trump já tem uma certa guerra comercial, uma guerra de tarifas. Se em relação à China, a tarifa de 145% que Trump anunciou não funcionou, não foi possível mudar a posição da China. Então é difícil de pensar que novas tarifas de 100% funcionem sobre a posição de Pequim. Isso pode só piorar a relação entre EUA e outros países”, destacou.

Já em relação ao acordo dos EUA com a Otan sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, apesar de renovar as capacidades militares ucranianas, o caráter da decisão também representa um afastamento de Trump da aliança irrestrita com Kiev. E o prazo estabelecido seria uma forma de ganhar tempo antes de qualquer decisão mais drástica. 

“50 dias representam justamente uma pausa, uma pausa declarada oficialmente para não tomar nenhuma decisão em relação a esse conflito. Então é uma pausa para observar e avaliar como a situação vai se desenvolver e em que pé estarão as partes do conflito até o início do outono, com o fim da operação ofensiva da Rússia neste verão”, completa.

Editado por: Nathallia Fonseca
Tags: banco do bricsbrasilbricseualulaputinrússiatrump
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