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Aliado estadunidense

Rival da Venezuela e amigo dos EUA, Irfaan Ali é reeleito presidente da Guiana

Presidente terá mais 5 anos de mandato e deve aprofundar ainda mais a relação econômica e militar com a Casa Branca

04.set.2025 às 15h59
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago
Rival da Venezuela e amigo dos EUA, Irfaan Ali é reeleito presidente da Guiana

País tem cerca de 800 mil habitantes; governo promete renda básica para a população - Joaquín SARMIENTO / AFP

A Guiana reelegeu para um segundo mandato o presidente Irfaan Ali. O candidato e atual presidente recebeu 242 mil votos contra 109 mil do principal opositor, Azruddin Mohamed, e foi eleito com 55,31%. A eleição do presidente do Partido Progressista do Povo/Cívico (PPP/C) não muda a lógica do país, que continuará rivalizando com a Venezuela e fazendo uma política alinhada aos Estados Unidos. 

A gestão de Ali foi marcada por uma aproximação com a Casa Branca e consolidou o país como um dos principais parceiros dos EUA em duas frentes. Primeiro na questão econômica. A Guiana descobriu em 2015 algumas das maiores reservas de petróleo do mundo e deixou a cargo da ExxonMobil fazer essa exploração. A petroleira estadunidense costurou em 2016 o Acordo do Petróleo (PA). O documento deu condições favoráveis para qualquer companhia estrangeira que quisesse explorar poços na Guiana.

A participação nos lucros é a primeira delas. Enquanto a companhia — e neste caso, a ExxonMobil — fica com 85,5% das receitas, o governo da Guiana tem direito a apenas 14,5%. O acordo é tão benéfico para as empresas que, no artigo 15.1, é estabelecido que o ministro do Petróleo poderá pagar o imposto sobre a renda dessas empresas. Ou seja, apesar da margem de lucro imensa, as petroleiras estrangeiras nem pagam imposto.

Isso esteve em pauta na campanha eleitoral. A oposição queria uma renegociação dos contratos, enquanto Irfaan Ali foi claro ao afirmar que não iria propor novas condições para a ExxonMobil. 

“Não precisamos de nenhuma resposta oficial da empresa. Respeitamos a santidade dos contratos. Meu governo está empenhado em garantir que os investidores não abandonem os investimentos no país”, disse Ali, em coletiva de imprensa. 

O próprio presidente da ExxonMobil na Guiana, Alistair Routledge, já havia descartado qualquer tipo de renegociação.

Ali foi o primeiro presidente a se aproveitar do crescimento econômico gerado por essa exploração. A petroleira começou a produzir petróleo e gás no país em dezembro de 2019. Com o impacto do aumento da produção, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que o país apresentou o maior crescimento econômico do mundo para o ano de 2024, com 43,6%.

Opositores afirmam que esse crescimento econômico praticamente não fica no país e que poderia ser usado de maneira muito mais eficiente pelo governo. Ali fez campanha prometendo usar as reservas de petróleo para “melhorar a infraestrutura e reduzir a pobreza”.  

Uma das promessas do atual governo foi criar uma renda básica de 100.000 dólares guianenses (R$ 2.617) para qualquer cidadão com mais de 18 anos com passaporte ou carteira de identidade.

Aproximação militar

Outra questão fundamental no governo de Ali foi a aproximação militar com os EUA. Em 2023, a Guiana passou a integrar o Quadro de Direitos Humanos do Comando Sul dos EUA. O grupo do Departamento de Defesa voltado para a América do Sul usa esse programa para alinhar com as Forças Armadas de outros países cinco frentes: doutrina, educação, treinamento, sistemas de controle interno e cooperação com autoridades civis.

Essa parceria teve como primeiro desdobramento a realização de exercícios militares conjuntos. Os dois países passaram a organizar treinamentos chamado Tradewinds em território guianense para promover a integração das forças armadas estadunidenses com a Força de Defesa da Guiana (GDF).

Ainda em 2023, o Comando Sul liderou exercícios em terra, ar e mar, por duas semanas. Esse treinamento envolveu também México, Canadá, Grã-Bretanha, França e os 15 membros que compõem a Comunidade do Caribe (Caricom). Outras missões foram realizadas ao longo de 2024 e 2025. 

O Comando Sul também fez investimentos na estrutura militar da Guiana e equipou uma estação da Guarda Costeira da GDF em Georgetown, construiu um novo hangar e ampliou a infraestrutura aeronáutica do Aeroporto Internacional do país. 

O próprio presidente Irfaan Ali tem um afinamento pessoal com a Casa Branca. Ele estudou no Centro William J. Perry de Estudos de Defesa Hemisférica, uma instituição do Departamento de Defesa dos EUA focada em formar uma “rede de profissionais de segurança e defesa nas Américas”.

A aproximação militar também se deu em torno de reuniões que aconteceram entre os chefes do Comando Sul e o governo do país. Em dezembro de 2024, Irfaan Ali fez uma visita ao novo chefe da instituição, Alvin Holsey. Os dois não divulgaram o tema da conversa. A reunião gerou preocupação nos países da região. 

Diplomatas brasileiros ouvidos pelo Brasil de Fato disseram que há uma tensão em torno da montagem de uma base militar dos EUA na Guiana. Isso representaria uma aproximação importante de Washington em uma região estratégica para o Brasil como é a Amazônia. 

Perguntado se permitiria a instalação de uma base militar em território guianense, Ali disse que faria “tudo o que for necessário para garantir a soberania e a integridade territorial da Guiana”. 

Disputa com a Venezuela

Para a Venezuela, o alinhamento com os EUA também acendeu um sinal amarelo. O país caribenho vive sob ameaças militares estadunidenses e tem uma disputa histórica com a Guiana sobre o território do Essequibo. Toda essa aproximação foi denunciada pelo governo venezuelano, que também mostrou preocupação com a instalação de uma base militar. 

Em dezembro de 2023, o governo venezuelano realizou um referendo para discutir com a população a proposta de incorporação do Essequibo. O projeto foi aprovado por 95,93% dos 10,5 milhões que votaram. A tensão entre os dois governos aumentou depois do referendo, e Maduro e Irfaan Ali se reuniram para discutir a disputa pelo território. 

Pelas redes sociais, a Presidência venezuelana celebrou o encontro e disse que os mandatários manifestaram “disposição de continuar o diálogo para dirimir a controvérsia em relação ao território do Essequibo”.

Depois disso, os dois países voltaram a uma disputa jurídica pelo território e foram à Corte Internacional de Justiça (CIJ). Irfaan Ali repetiu diversas vezes que não vai abrir mão do território e que isso não está em pauta em seu governo.

Quem é Irfaan Ali

O presidente nasceu em 1980 em uma comunidade muçulmana no município de Leonora, a 30 quilômetros da capital, Georgetown. Filho de um casal de professores, Ali tem ascendência indiana. Sua família foi da Índia para a Guiana durante a colonização britânica na região. 

Ele se formou em planejamento urbano e foi estudar no Reino Unido. Foi eleito deputado em 2006 e, mais tarde, ocupou os cargos de ministro da Habitação e Água de 2009 a 2015 e secretário-geral do Partido Progressista do Povo (PPP). 

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: estados unidoseuaexxon mobilguianamilitarespetróleovenezuela
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