Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Contas públicas

Meta zero, fome mil? Como zerar o déficit fiscal em 2024 pode comprometer os investimentos públicos

Sem aprovação de medidas para aumentar arrecadação, proposta pode comprimir gastos públicos em 2024 e até em 2025

30.out.2023 às 21h59
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da solenidade de abertura da Semana da Mulher 2023 no auditório do Ministério do Planejamento - Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ratificou nesta segunda-feira que sua equipe perseguirá a meta de zerar o déficit fiscal do governo em 2024 apesar de dados indicarem que o cumprimento do objetivo é cada dia mais inexequível. Na sexta-feira (27), o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que dificilmente os gastos do governo serão iguais à arrecadação no ano que vem.

Haddad, contudo, disse estar preparando novas medidas para viabilizar o equilíbrio entre ganhos e gastos. A busca por esse objetivo, entretanto, pode comprometer a capacidade de investimento do governo no ano que vem e também em 2025.

:: Governo quer arrecadar R$ 162 bi e cumprir meta em 2024 ::

Primeiro, porque já existe um consenso entre economistas de que déficit zero em 2024 é algo praticamente impossível de se alcançar. O próprio Haddad admitiu nesta segunda que a tarefa é mesmo desafiadora. Tem, segundo ele, se tornado cada vez mais difícil já que medidas que propostas para aumento de arrecadação não avançam no Congresso Nacional e porque o ganho com tributos não tem crescido como cresce a economia.

:: Controlada pelo centrão, Câmara atrasa e enfraquece propostas do governo para aumentar impostos sobre ricos ::

Segundo Haddad, exceções fiscais vigentes desde 2017 criaram o descompasso entre crescimento e arrecadação. Ele disse que o governo já tratou parte dessas distorções numa Medida Provisória enviada ao parlamento, mas que ainda não foi votada.

Se a arrecadação não cresce como o governo gostaria, resta a ele cortar gastos em busca do déficit zero. Para Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), essa não é uma boa estratégia já que poderia afetar iniciativas públicas fundamentais ao país, como o Minha Casa Minha Vida (MCMV) e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que também contribuem com o crescimento.

:: Haddad insiste em déficit fiscal zero e diz que planeja novas medidas para arrecadar ::

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico que o país "não pode ter meta fiscal zero e fome mil", sinalizando que busca exagerada pelo equilíbrio fiscal pode prejudicar os mais pobres.

Weiss afirmou que o governo errou ao assumir o compromisso com o déficit zero em sua proposta de Orçamento para 2024. Para ele, a Fazenda poderia ter prometido algo menos radical considerando inclusive que, desde 2014, o Brasil não gasta menos que arrecada.

Arcabouço prevê punição

Clara Brenck, economista e pesquisadora associada no Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made) da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), também acha que a promessa do governo foi irreal e terá impactos negativos sobre a economia. Segundo ela, a meta tende a suprimir investimentos no ano que vem e até pressionar as contas de 2025.

Isso porque o próprio governo incluiu na lei do novo arcabouço fiscal uma punição para ele mesmo caso as metas estabelecidas para as contas públicas não sejam cumpridas. O arcabouço determina que o gasto público pode crescer no máximo 70% do crescimento da arrecadação anualmente, mas isso só se as contas estiverem equilibradas. Caso as metas fiscais não sejam cumpridas, esse percentual cai para 50%.

:: Tudo sobre o novo arcabouço fiscal em 25 perguntas e respostas ::

Clara explicou que, como a meta zero dificilmente será cumprida, é provável que o governo seja punido pelo arcabouço. Sobraria, então, menos dinheiro para investimentos necessários para a melhoria da vida da população e para estimular a economia.

"Zerar esse déficit em 2024 pode ter sido uma meta ambiciosa demais e talvez, sim, desnecessária e um tanto ruim para o país", afirmou. "Se o governo não muda essa meta e você não tem o aumento da arrecadação esperado, você pode ter que cortar alguns tipos de gastos não obrigatórios, como os próprios investimentos."

:: Nova regra fiscal agrada mais aos analistas de mercado que a economistas progressistas ::

A economista e pesquisadora é a favor da revisão. Ela disse que o governo passaria por um constrangimento ao fazer isso agora. Contudo, poderia passar por um constrangimento ainda maior ao não cumprir suas promessas e ser punido por uma regra que ele mesmo criou para tentar equilibrar as contas públicas, o arcabouço.

"O governo definiu essa meta de déficit zero justamente para tentar ganhar confiança do mercado, mostrar que está disposto a fazer de tudo para arrumar as contas públicas, que não vai ser um governo que vai quebrar o país… Isso é muito positivo. O problema é se eles não conseguirem cumprir", disse. "Acho que seria melhor o governo rever essa meta do que não cumprir a meta no ano que vem."

:: Lula assina MP para taxar fundos de super-ricos ::

O economista Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), também acredita que o governo não cumprirá a meta de zerar o déficit fiscal em 2024. Ele disse inclusive que isso já era dado entre agentes do mercado financeiro antes mesmo de Lula admitir a possibilidade de descumprimento. Ele, porém, é contra a revisão.

"Assumir publicamente que a meta não será cumprida é ruim", disse ele. "Então, neste momento, é fazer uma pressão e tentar tentar aprovar medidas necessárias."

Decisão política

Pedro Faria, economista e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também acha que o governo exagerou ao propor um déficit zero em 2024. Poderia ter sido mais realista.

Ele, contudo, disse que a meta pode ser atingida. Depende da vontade de deputados e senadores em aprovar medidas para aumento de arrecadação.

:: Taxação de super-ricos afeta 0,001% dos brasileiros e financiaria cerca de 30% do Minha Casa Minha Vida ::

Para Faria, Haddad deixou claro em sua fala nesta segunda-feira que o déficit fiscal zero é uma decisão política. Segundo ele, o governo pode lançar mão de diferentes medidas para alcançá-lo caso isso seja mesmo necessário. Mas quer fazer isso aproveitando o desafio para rediscutir questões tributárias nacionais, como a taxação de super-ricos.

"Congresso e Judiciário, como disse Haddad, há dez anos que não se preocupam com a questão fiscal. Se preocupam em atender interesses particulares, de lobbies setoriais", disse ele. "Haddad falou que vai fazer o possível para cumprir a meta e jogou a responsabilidade para o campo político. Ele repetiu: isso é problema para os líderes dos partidos no Congresso resolverem."

Para zerar o déficit, segundo o governo, são necessários R$ 168 bilhões em arrecadação extra em 2024.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: arcabouço fiscalcongresso nacionaldireito à culturadireito à educaçãodireito à saúdedireitos sociais e econômicosmeta fiscalorçamentosuper-ricostrabalho e emprego e geração de renda
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

12h

Enfermeiros do DF paralisam atividades por 12 horas em protesto por melhores condições de trabalho

opinião

Por que a parceria do Rio com a China é estratégica para o futuro do estado?

Gaza

Brasil pede libertação dos ativistas e condena bloqueio à ajuda humanitária

BRASIL-CARIBE

No retorno da França, Lula terá encontro com chefes Estado e governo do Caribe

Editorial

Uma visita à China e o futuro multipolar

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.