Na semana em que se completam 95 anos do nascimento da “mulher do fim do mundo”, o musical Elza, dirigido por Duda Maia, volta aos palcos do Rio de Janeiro. A nova temporada, que fica em cartaz entre os dias 27 de junho e 20 de julho, conta com a atriz e diretora premiada Naruna Costa no elenco.
O espetáculo, cujo texto é assinado por Vinicius Calderoni, foi criado em 2018 e já passou por 15 cidades brasileiras. Agora, pela primeira vez, será apresentado após a morte da dona de uma das vozes mais marcantes do Brasil.
Uma das intérpretes de Elza Soares, Naruna Costa explica que a peça é um ato de celebração da história de uma mulher que, diante de uma trajetória marcada por adversidades, insistiu em viver.
“Elza não gostaria de ser definida pela tragédia, porque a tragédia é o plano da branquitude. O nosso plano é ficar viva, celebrar e ser potência. Não se trata de um musical alegre, mas de um musical que celebra a vida”, destaca a atriz.
Além de Costa, outras seis mulheres negras interpretam a cantora em diferentes momentos da sua carreira e vida pessoal: Ágata Matos, Janamô, Josy.Anne, Júlia Sanchez, Julia Tizumba e Sara Hana.
A construção coletiva foi uma forma de o espetáculo trazer para si também as vivências dessas atrizes, mas sobretudo, de destacar outra característica de Elza Soares: a diversidade.
“A Elza é vida longa, cheia de potências e experiências boas de serem celebradas. É uma ancestral preta. No espetáculo, a gente diz inclusive que ela seria uma espécie de muitas mulheres dentro dela mesma, porque a opção de se manter viva, no aqui e agora, fez ela ser várias”, avalia Costa.
O musical é fiel a todos os momentos marcantes de Elza, mas destacando as suas potencialidades, algo que, na avaliação de Naruna Costa, é essencial ao se reconstruir as trajetórias de pessoas pretas e indígenas, muitas vezes associadas apenas a vulnerabilidades.
A artista também é cantora, compositora e ativista do campo artístico. Ela ainda é cofundadora do Grupo Clariô de Teatro, referência negra da cultura periférica de São Paulo, e integrante do grupo musical Clarianas, que reúne cantadeiras urbanas.
“Eu não enxergo as artes numa perspectiva eurocêntrica, na qual tudo é separado e a gente ou canta, ou atua, ou dirige, ou vive. A minha perspectiva é preta e, por isso, ela conflui. Faz parte do nosso cotidiano”, afirma Naruna Costa.
A atriz também comenta sobre os seus próximos trabalhos, com a promessa de lançamento de dois filmes em que atua no próximo ano e muito mais.
Confira a entrevista completa:
Brasil de Fato – As artistas, mulheres negras, que fazem parte do elenco do musical participaram da construção do texto? Como foi a experiência de levar o seu repertório para o espetáculo?
Naruna Costa – O espetáculo nasceu em 2018 e eu não fiz parte da primeira montagem. Entrei agora para substituir a Larissa Luz, que foi quem criou a primeira versão, uma artista que eu admiro muito e que está agora assumindo integralmente a direção musical.
Duda Maia, diretora da peça, tem essa característica de associar sempre a experiência e a vivência das artistas com as personagens. Ela faz questão de que a gente consiga, além de trazer a Elza e a história dela, recuperar a nossa própria história e trazer também, mesmo que seja na forma de falar ou nos gestos, a nossa própria vivência.
O espetáculo já havia feito muito sucesso quando estreou, antes da pandemia, e agora volta para celebrar os 95 anos de nascimento da Elza Soares.
Elza foi uma das mulheres mais importantes do Brasil e sempre se colocou no lugar do presente. Ela dizia que o nome dela era o agora, porque queria estar conectada ao que o país tinha no momento em que ela estava construindo aquela música ou aquele disco. Ela não tinha uma relação com o passado, até porque os nossos passados são bem dolorosos. A população negra e indígena tem, infelizmente, marcas muito fortes de dores nos nossos passados.
A cada dia é uma luta vencida. Ela queria estar no presente. A Duda propõe, então, de a gente “presentificar” a Elza no agora, mesmo ela já sendo uma ancestral, a partir do que os nossos corpos, vozes, histórias e memórias podem fazer para recuperar a história dela. Também é uma forma de celebrar as nossas vidas, as nossas presenças, a história das mulheres negras.
Em certa ocasião, Elza disse a Vinicius Calderoni, que assina o texto do espetáculo: “não vai me fazer um musical triste, tem que ter alegria, porque eu sou muito alegre, viva e debochada”. Você acredita que estão conseguindo levar para os palcos a alegria e a intensidade dessa figura que marcou gerações?
Sim. Eu acho que não é exatamente um lugar só dá alegria, mas é também da celebração. Elza tem uma história marcada por muitas tragédias e sobreviveu a todas elas cantando. Isso é muito lindo. Ela tem uma música em que diz que vai “cantar até o fim” e, realmente, cantou até o fim, até os seus 92 anos. Conseguiu se manter viva para que o nome dela pudesse ecoar dessa forma.
É impressionante porque ela foi uma artista muito diferenciada, com uma qualidade única, uma potência muito específica, mas que o Brasil demorou muito para reconhecer. E só foi possível reconhecê-la porque ela ficou viva. Eu sempre digo que o nosso maior revide é ter vida longa, porque o plano deles é de extermínio.
Então, eu acho que, quando ela diz que não quer um musical triste, é porque não gostaria de ser definida pela tragédia, porque a tragédia é o plano da branquitude. O nosso plano é ficar viva, celebrar e ser potência. Não se trata de um musical alegre, mas de um musical que celebra a vida.
Sim, todos os momentos dela são contados. É muito emocionante. Não tem como não chorar, mas não é triste. O espetáculo tem esse lugar da reverência à vida, da sobrevivência, de como ela conseguiu enfrentar tudo com a cabeça erguida.
Foi de fato uma exigência dela. Esse recado chegou para a gente e realmente é algo que define muito ela. É muito fácil definir a pessoa que passou por situações duras no lugar de pena. Mas, na verdade, não é esse o lugar de Elza. O lugar dela é o de diva, potência, rainha, deusa.
Isso aparece de forma muito forte no musical. É uma responsabilidade nossa, de quem está atuando. A gente também, de alguma maneira, se reconhece nas tragédias que ela passou e muitas coisas que são contadas no musical têm a responsabilidade da representatividade.
Às vezes é difícil ficar com a cabeça erguida contando momentos e passagens tão duras e que têm tanto a ver com a nossa população hoje. Coisas que ela passou com 13 anos de idade, quase 80 anos atrás, e que ainda hoje fazem sentido. É muito doído, mas é um grande exercício ser a Elza, que significa ter altivez e cabeça erguida.
Não é a primeira vez que você faz a Elza, também já tendo interpretado-a em Garrincha, de Bob Wilson. Agora, você divide a Elza com outras atrizes. Quem são essas mulheres que dividem o palco contigo e como tem sido essa experiência?
A Elza é vida longa, cheia de potências e experiências boas de serem celebradas. É uma ancestral preta. No espetáculo, a gente diz inclusive que Elza seria uma espécie de muitas mulheres dentro dela mesma, porque a opção de se manter viva, no aqui e agora, fez ela ser várias.
Se procurar imagens, por exemplo, dela na internet, vai encontrar visualmente muitas mulheres. Ela teve muitos estilos. Passou por muitos estilos musicais também. Ela se experimentou e foi muitas mulheres.
No elenco, somos sete mulheres. Além de mim, temos Ágata Matos, Janamô, Josy.Anne, Júlia Sanchez, Julia Tizumba e Sara Hana. Somos nós que estamos em cena e cada uma representa um momento específico da vida da Elza. Eu estou ali fazendo uma narrativa que cruza as histórias, nesse lugar da Elza “aqui e agora”, passando e costurando todos esses momentos.
É maravilhoso, porque são atrizes de lugares diferentes: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, etc. É interessante poder ver os pontos de vista, as possibilidades, habilidades e texturas de cada Elza.
A gente também se admira muito e se emociona com as trocas, porque Elza, musicalmente falando, é muito diversa. Poder ver e sentir o canto de cada uma, como trazem a voz, a pesquisa e também a história da Elza, faz a gente ter um olhar especial para a comunidade feminina. A Elza falava muito sobre isso.
Eu acho que, como ela viveu em momentos históricos muito específicos como a ditadura militar, onde o moralismo era muito forte, mesmo enfrentando tudo com muita dignidade, ela sentiu falta desse acolhimento feminino. Ela tinha poucos lugares para se apoiar e poder ser quem ela era, inclusive como uma mulher negra ocupando espaços que mulheres negras não estavam ocupando.
No fim da vida, ela falava muito sobre a importância de as mulheres se unirem e eu acho que esse é o pacto desse trabalho. A gente consegue entrar num clima que é diferente do esperado quando juntam-se mulheres para fazer uma única personagem ou uma mesma coisa. Ao invés de separar, a gente une. Ao invés de competir, a gente vai confluir.
Naruna, sua carreira é notória pela discussão poética, mas também pela discussão política, popular e social, transformando a arte em luta. Que tipo de mensagem você busca transmitir? Como você conflui todos esses aspectos?
Eu acho que é um fortalecimento da identidade. Para a população preta e indígena, a busca da ancestralidade, de entender quem nós somos, é uma necessidade. O processo de colonização foi muito avassalador, por séculos e muitos mais séculos seguintes. Há um buraco muito grande na nossa memória, história e estrutura enquanto ser humano. Então, quando eu busco o lugar do popular, é uma forma de remar contra a maré.
É uma forma de desfazer a construção imaginária que fizeram sobre a nossa população. Existe uma desvalorização do nosso povo, no sentido artístico, cultural e da humanidade.
Quando eu penso nesse lugar, de certa ausência, eu tenho que entender de onde eu venho, quem são os meus antepassados, quais são as minhas etnias. Penso na história perdida do meu bisavô, por exemplo, que era indígena, mas que ninguém sabe qual é a etnia, de que povo era, porque ele foi sequestrado numa fazenda.
Quando existe esse “buraco”, com ele, vem toda a ânsia e necessidade pela vida e pela história. Minha vingança, e eu uso muito essa palavra que peguei emprestada do meu amigo escritor Marcelino Freire, é no sentido de devolver a dor e também de fazer vingar quem a gente é.
A nossa potência não está impressa na mídia, nas narrativas teatrais ou audiovisuais. A gente não tem o nosso povo lá como o nosso povo é. Estamos concentrados num lugar de subalternidade e inferioridade. É muito fácil encher a boca para dizer da população negra no lugar de uma população carente.
A escritora e poetisa, também minha amiga, Helena Silvestre fala sobre o quanto é fácil o nosso imaginário relacionar a população da favela, preta e indígena com uma população carente. Mas a gente esquece de olhar o quanto essa população é potente, as abundâncias e não as carências que essa população tem. Fomos nós quem construiu esse país.
Eu não enxergo as artes numa perspectiva eurocêntrica, na qual tudo é separado e a gente ou canta, ou atua, ou dirige, ou vive. A minha perspectiva é preta e, por isso, ela conflui. Faz parte inclusive do nosso cotidiano.
Quando eu penso, por exemplo, no grupo Clarianas, penso nos cantos das nossas cantadeiras, que são os cantos de trabalho. Elza Soares foi lavadeira e conquistou sua voz quando colocava a lata d’água na cabeça. A força que ela fazia vinha com esse drive vocal que ela foi construindo para cantar. Confluir faz parte do nosso cotidiano.
Essas pessoas me interessam e não aquelas envelopadas, plastificadas e caras, que estão restritas a uma linguagem que, fora dessa linguagem, não tem nada. É casca. É o que a colonização vende.
Eu vejo muita potência na nossa população e na cultura brasileira, e é ela que me estimula. Eu sei que eu sou herdeira dessa cultura, porque sou herdeira de uma família nordestina que veio de Pau de Arara para São Paulo. Eu sou herdeira de um avô indígena que foi sequestrado. Sou herdeira de uma população negra africana. Tenho isso no meu corpo e se ele está se manifestando, porque eu estou incentivando que isso vingue em mim, eu vou usar para vingar também os meus.
Quais outros projetos você está construindo neste momento ou planejando para o futuro?
Eu acho que eu estou no momento de colheita também. Eu consegui dar uma pausa para o musical. Foi necessária, não tem como. É um outro ritmo, outra maneira de me comportar no mundo.
Mas eu fiz bastante coisa já no começo do ano para que eu pudesse estar aqui. Está para vir um novo filme do Irmandade, que foi uma série que eu fiz para a Netflix que teve duas temporadas e agora tem o primeiro spin-off brasileiro. A gente filmou neste ano e ele deve sair no início do ano que vem.
Também filmei Pele de Rinoceronte, filme do Marcelo Maia que tive a alegria de fazer neste ano com a Débora Falabella, que fala sobre feminicídio no Brasil. É um filme muito intenso, forte, que foi muito bonito de ser feito e deve sair no fim deste ano ou no começo do ano que vem.
Outras coisas eu ainda não posso falar, mas tem uma mão já iniciando na direção, pensando no audiovisual, e bastante coisa que eu dirigi e que está circulando pelo país, como Buraquinhos, uma peça super premiada do Johnny Salaberg que voltou a encantar.
Também está circulando no Brasil, pelo Palco Giratório, o Parto Pavilhão, que é um espetáculo protagonizado por Aisha Nascimento que fala sobre mulheres mães encarceradas, que eu dirigi e fui indicada ao Prêmio Shell com ele. O Tá Pra Vencer também, outro espetáculo que estreou o ano passado. E estamos com planos de montagem do nosso novo espetáculo do Grupo Clariô de Teatro, para celebrar os nossos 20 anos.
Tem também planos para estrear no ano que vem um novo disco das Clarianas e um monte de coisa fina.
Serviço
Espetáculo Elza
Quando: 27 de junho a 20 de julho
Onde: Teatro Claro Mais RJ
Data: quintas e sextas-feiras, às 20h; sábados, às 16h e 20h; e domingos, às 18h
Ingressos a partir de R$ 19, na plataforma Uhuu
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