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Educação

PR: Um ano da Primavera Secundarista e de escolas que nunca mais foram as mesmas

Estudantes comentam os impactos e mudanças da mobilização em suas vidas

03.out.2017 às 14h31
Curitiba (PR)
Carolina Goetten
Iniciativa desencadeou um processo massivo de ocupações que paralisou as atividades em mais de 800 colégios do Paraná

Iniciativa desencadeou um processo massivo de ocupações que paralisou as atividades em mais de 800 colégios do Paraná - Gabriel Dietrich

Há um ano, no dia 3 de outubro de 2016, cerca de 200 estudantes secundaristas decidiam ocupar o Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A iniciativa desencadeou um processo massivo de ocupações que paralisou as atividades em mais de 800 colégios do Paraná, no que ficou conhecido como primavera secundarista. Naquele momento, quem deu a aula foram os alunos, nas disciplinas de resistência e de luta pela democracia.

O Arnaldo Jansen se tornou referência para milhares de alunos contrários à reforma do Ensino Médio, proposta, na época, por meio da Medida Provisória (MP) 746. Essa MP, junto a outras políticas do presidente golpista Michel Temer (PMDB) – como a Proposta de Emenda à Constituição 55, que congela investimentos públicos e gastos sociais pelos próximos 20 anos – centralizou uma ação coletiva de estudantes que impressionaram o Brasil.

Hoje tenho um maior entendimento do mundo, comecei a perceber questões que antes eu não ligava – Ana Julia Ribeiro

“Participar das ocupações mudou a minha vida. Para se ter uma noção, eu acabo de chegar da Índia, uma das oportunidades a que tive acesso depois de tudo que aconteceu. Hoje tenho um maior entendimento do mundo, comecei a perceber questões que antes eu não ligava”, conta a estudante Ana Julia Ribeiro, diretamente do aeroporto de Guarulhos. Depois do episódio, ela foi convidada a representar o Brasil num projeto internacional contra a exploração da infância e juventude. Recebeu o convite do indiano Kailash Satyarthi, vencedor do prêmio Nobel da Paz, junto à estudante Alanna Mangueira, de Sergipe.

No Colégio Pedro Macedo, no bairro Portão, centenas de pessoas formaram uma corrente humana para defender a ocupação / Foto: Gabriel Dietrich
 

Ana Julia ocupou, com os colegas, o Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães, onde contribuiu na manutenção da limpeza e em aulões para esclarecer a situação política nacional. Ela foi destaque em todo o país após dar vida a um discurso comovente de defesa ao movimento dos estudantes, na Assembleia Legislativa do Paraná. “Tive a oportunidade de nos defender quando todos atiravam pedras em nós. Antes, nossa escola nem tinha grêmio nem qualquer tipo de organização dos estudantes. Chegamos a ouvir da direção do colégio que a gente não entendia nada de assembleias, nem o que a gente queria da vida”, lembra Ana Julia.

Universidades no movimento

A reação em cadeia, que gerou a ocupação de inúmeras escolas num quase efeito dominó, chegou também às instituições de Ensino Superior. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), o curso de Pedagogia foi o precursor do movimento: a estudante Giorgia Prates conta que a ideia surgiu a partir da necessidade de contribuir na luta dos secundaristas. Depois de uma semana, uma assembleia maior trouxe a adesão de outros cursos, resultando na ocupação dos dois prédios da reitoria da Universidade. “Aprendi com tudo isso que as pessoas fazem coisas grandiosas quando se unem. Vivíamos um período muito difícil e vimos os secundaristas lidando com tudo aquilo com responsabilidade e luta. Isso fortaleceu a nossa cumplicidade no movimento estudantil”, conta Giorgia Prates.

Vivíamos um período muito difícil e vimos os secundaristas lidando com tudo aquilo com responsabilidade e luta. Isso fortaleceu a nossa cumplicidade no movimento estudantil – Giorgia Prates

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), alunos e professores também decidiram ocupar unidades da instituição em todo o estado. No último mês, porém, professores e alunos do campus Curitiba foram notificados pela direção sobre um processo de sindicância, aberto com o propósito de criminalizar os envolvidos na luta contra o desmonte do ensino. Em defesa da escola pública e dos estudantes e professores criminalizados da UTFPR, foi lançado um manifesto coletivo sob a forma de um abaixo assinado. A sindicância segue em andamento.

Durante o processo, uma assembleia estadual das escolas ocupadas reuniu 600 estudantes no Colégio Estadual Loureiro Fernandes, localizado no bairro Juvevê, em Curitiba / Foto: Ednubia Ghisi

Ensino médio “em migalhas”

A Medida Provisória (MP) 746, que deixou de ser MP e foi aprovada em fevereiro deste ano como Lei 13.415, aproxima a educação do ensino médio às demandas do mercado de trabalho. Entre as mudanças, flexibiliza a escolha das disciplinas, fragiliza a área de ciências humanas e privatiza itinerários de estudo: além de priorizar o ensino técnico, este será oferecido em parceria com o setor privado. E, segundo a professora da Universidade Federal do Paraná, Monica Ribeiro da Silva, coordenadora do Observatório do Ensino Médio da UFPR e membro do Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio, essa parceria será financiada com recurso público.

“Temos diante de nós um ensino médio em migalhas, líquido. Ele traz uma formação que não se sustenta e que precariza a qualidade de ensino aos mais de sete milhões de alunos que estão nas escolas públicas brasileiras”, afirma a professora. As alterações devem ser implementadas de forma gradual, com prazo final até 2020. Agora, a ideia é aproveitar o tempo para reverter as medidas de modo a causar o menor impacto possível ao Ensino Médio.

Editado por: Ednubia Ghisi
Tags: educaçãoreforma do ensino médio
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