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"Bolsonaro termina segundo ano muito menor do que começou", avalia cientista político

Francisco Fonseca, professor da FGV-SP, analisa cenário eleitoral e destaca tendência de mais desidratação do presidente

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Francisco Fonseca vê Bolsonaro cada dia mais isolado internacionalmente e também no âmbito das disputas nacionais, em que há fragmentação na direita - Youtube/Reprodução

No cenário político que se molda pelo país em meio às disputas eleitorais deste 2020, um elemento chama a atenção do cientista político Francisco Fonseca: o enfraquecimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), evidenciado pelo isolamento internacional do mandatário e também pelos primeiros resultados do pleito municipal.

Com diferentes nomes do bolsonarismo já derrotados no primeiro turno e outros com poucas chances de vencer no próximo domingo (29), Fonseca vê uma tendência de maior desidratação do presidente daqui para frente, quando o preparatório para as eleições presidenciais de 2022 deve começar a balançar o país.

“Ele caminha para ser rigorosamente isolado e virar um político do tamanho que ele é, muito pequeno”, avalia o professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), para quem a fragmentação de determinados núcleos da direita e a versatilidade de ocasião do chamado “centrão” – grupo parlamentar que hoje é base governista no Congresso – podem ajudar a debilitar ainda mais a figura política de Bolsonaro nos próximos anos. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, Francisco Fonseca falou sobre esse e outros temas, pontuou que a agenda econômica do presidente segue viva e comentou a situação do jogo eleitoral em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. Confira a seguir os principais trechos da conversa.

BdF – Gostaria de começar falando, inevitavelmente, da situação do bolsonarismo diante dos resultados do primeiro turno. O presidente apoiou publicamente 59 candidatos e, desses, 46 ou 47 não venceram, não passaram no primeiro turno. O que o senhor depreende disso? 

Eu acho que não só pela questão do apoio explícito, mas, na verdade, tanto esses que se apoiaram fortemente na figura do Bolsonaro – Russomano, aqui em São Paulo, é um dos mais conhecidos – como, na verdade, todos aqueles que tiveram essa pauta extremista da extrema direita foram largamente derrotados. Esses outsiders, essa extrema direita, em larga medida, foi derrotada, e isso é um dado interessante. 

Então, me parece que, do ponto de vista eleitoral, em tudo que envolve partido político, instituições, o Bolsonaro perde. Inclusive, importante lembrar que ele não conseguiu montar um partido, mesmo tendo a Igreja Universal do Reino de Deus fazendo campanha explícita, inclusive nos templos, é absolutamente pífio o número de assinaturas que conseguiu [para criar a legenda].

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Isso mostra que, quando nós falamos do ponto de vista eleitoral, ele se enfraquece. Claro que a forma dele de fazer política é uma maneira da extrema direita contemporânea, que está mais preocupada com a comunicação direta, que se importa menos com partidos e instituições, mas o fato é que os partidos e as instituições são fundamentais. Nesse sentido, é uma grande derrota. Talvez o grande perdedor desta eleição seja, de fato, o Bolsonaro.

Mas acho que não é apenas porque ele apoiou 57 e fez três ou quatro [candidatos]. É isso, mas é menos por isso. A sua capacidade de influência no sistema partidário brasileiro é muito pequena. É isso que esses dois fatos nos mostram. Ele não conseguiu criar um partido, ele perdeu o fundo partidário do PSL, que é milionário, porque é o segundo maior partido da Câmara. É uma grande derrota um político, ainda mais um que ocupa a Presidência da República, não ter acesso ao fundo partidário, que é um enorme poder de ter parlamentares e prefeitos que se elegem. 

Porém, tem um aspecto com o qual a gente tem que tomar cuidado: boa parte dos partidos conservadores que se elegeram – DEM, PSDB, PP – são partidos que apoiam a agenda neoliberal do Bolsonaro. Não apoiam a agenda de comportamento, mas apoiam a agenda do ponto de vista econômico. Então, temos que tomar certo cuidado em olhar diversas dimensões. Tem uma dimensão que é a da derrota política, mas, na agenda econômica que está destruindo o Brasil, esses partidos votam no Congresso por essa agenda junto com o Bolsonaro.  

BdF – Levando em conta esse cenário de enfraquecimento político do Bolsonaro, é possível já projetar algum reflexo disso em 2022 ou ainda está cedo pra saber?

Está cedo. O que o Bolsonaro quer fazer é uma campanha de comunicação direta, ou seja, via WhatsApp, Facebook, Instagram. Isso funcionou de alguma maneira na eleição passada, com muita fake news, mas é possível que não funcione mais. Acho que cada vez mais o bolsonarismo se afunda mais – na pandemia, na economia, no desenvolvimento econômico e social. E agora ele está isolado internacionalmente. É interessante: apoiou o Macri na Argentina, perdeu; apoio Piñera, no Chile, perdeu; apoiou os golpistas na Bolívia, perdeu; apoiou o Trump, perdeu. 

Então, ele é um completo isolado internacionalmente e, internamente, cada vez mais está nas mãos desse núcleo de partidos chamado “centrão”, que pode abandoná-lo a qualquer momento. Queria lembrar que até me parece que há divisões importantes entre os militares que o apoiam. É uma divisão importante surgida. O General Santos Cruz, que foi mandado embora do governo, tem sido um crítico muito grande. Acho que tem acontecido muitas questões, porque [investigações] estão chegando perto do filho dele, sobretudo o Flávio Bolsonaro. Então, está chegando muita coisa perto dele.

É claro que, internamente, a agenda econômica é o que segura, porque é uma agenda das elites contra os trabalhadores, e o centrão dá apoio, mas o centrão pode cair fora a qualquer momento.  Eu quero lembrar que tinha uma parte dos partidos do centrão, por exemplo, a figura do Gilberto Kassab (PSD), que era ministro da Dilma até o dia do impeachment. Feito o impeachment, virou ministro do Temer. Então, só pra lembrar que o centrão não vai morrer abraçado com o Bolsonaro.  E me parece que o Bolsonaro termina o segundo ano [de mandato] muito menor e muito pior do que começou, do ponto de vista do poder político. Ele caminha pra perder muito fortemente – mesmo que termine o mandato, porque nunca se sabe sobre isso –  pra ser rigorosamente isolado e virar um político do tamanho que ele é, muito pequeno.

BdF – Sobre a situação do bolsonarismo no Rio de Janeiro, teve gente apontando que a associação do Marcelo Crivella [Republicamos] com o Bolsonaro prejudicou a campanha, e o Crivella disse, logo após o primeiro turno, que vai seguir acenando para o presidente da República e para o eleitorado mais conservador. Quanto de capital político o senhor acredita que o Bolsonaro ainda pode ter no Rio, terreno dele, pra prestar alguma ajuda pra uma eventual reeleição do Crivella?

Eu vejo a reeleição do Crivella como impossível porque ele tem uma rejeição de dois terços praticamente do eleitorado. É um prefeito que odeia e despreza o carnaval, numa cidade onde o carnaval tem inclusive receitas, tem um papel simbólico, cultural e econômico brutal. Ele é uma figura que trouxe questões religiosas de uma religião, dos evangélicos, da teologia da prosperidade, da Universal, que está dentro da prefeitura. Então, é um desastre completo.

Eu diria que ele vai ser derrotado, claramente. Eduardo Paes [DEM], tudo indica, vai ganhar de maneira contundente. Me parece que os que votaram nos outros candidatos migrarão, de maneira vigorosa, para o Paes. Por sinal, o Crivella só foi para o segundo turno por um erro crasso da esquerda porque, se o Marcelo Freixo [Psol] e a Benedita da Silva [PT] tivessem feito uma aliança, muito possivelmente eles iriam pro segundo turno. 

Não acredito que haja uma força eleitoral do bolsonarismo. Agora, o bolsonarismo tem apoio popular, tem apoio de milícias, do baixo oficialato, das Forças Armadas, das Polícias Militares, de setores das elites e mesmo de algumas parcelas dos trabalhadores que não veem saída nas instituições e para as quais “quanto pior, melhor”.   

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Mas me parece que esse percentual é cada vez menor. Aquilo que, no jargão popular, se chama de “bolsonarismo raiz”, vários estudos mostram que é 15%, 16%. Então, me parece que ele tende a ser um político que vai desinflando. Ele se utilizou muito fortemente das fake news, teve muito dinheiro das elites, de “caixa 2”, e o que acontece é que esse processo todo hoje é mais fiscalizado – longe de ter acabado, mas é mais fiscalizado. Tem processo importante contra ele – um não, vários, tanto na CPI das Fake News, que está averiguando o “gabinete do ódio”, [quanto no] Tribunal Superior Eleitoral, que pode cassar a chapa, e [isso] subiu à Suprema Corte, na figura do Alexandre Moraes [ministro]. Então, isso está um pouco mais diminuído, e tem as brigas dentro da própria direita. Veja, por exemplo, Joice Hasselmann, Alexandre Frota. Então, ele perdeu apoio da direita e há muitas disputas entre a própria direita.    

O que eu diria é que eu acho que a capacidade de influência do Bolsonaro neste momento é muito pequena. Acho que ele tende a se tornar um político do tamanho que ele é – pequeno, com pouca relevância, pouca influência, que só se elegeu por uma grande fraude eleitoral. Acho que a vitória eleitoral do Eduardo Paes no Rio é fácil e consolidada.

BdF – Em São Paulo, o PT ficou na retaguarda da disputa, com o Jilmar Tatto somando menos de 9% dos votos validos. O que o senhor entende que está por trás do mau desempenho do partido nesse primeiro turno? Tatto precisava de alianças mais amplas pra emplacar a sua candidatura?

Acho que, em São Paulo, o PT tem uma base forte, embora haja um antipetismo forte também. Houve uma divisão [na esquerda], e o Boulos de fato saiu na frente. Ele não é do PT, apesar de haver muito preconceito contra ele, mas é um nome que acabou de sair das eleições [presidenciais], há dois anos, e ficou conhecido. 

O partido, Psol, em São Paulo, é muito mais estruturado que em outros lugares, o PT aqui demorou pra tomar a decisão de quem sairia [candidato] e as esquerdas como um todo não tiveram um grande acordo.  

Por exemplo, no Rio, em São Paulo, você poderia ter feito justamente uma aliança PT-Psol, e ela teria muito a ganhar – no Rio mais ainda. Porque aqui, em São Paulo, o que aconteceu? O PT tem cerca de um terço dos votos. Se a gente olhar, 20% com 9%, quer dizer, Boulos e Tatto tiveram cerca de 30%. Se somar as outras candidaturas de esquerda, nós vamos chegar a mais ou menos um terço do eleitorado, que é o histórico que o PT tem.

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Na verdade, o que aconteceu em SP foi uma divisão justamente pela ausência de uma capacidade nacional de negociar. Algumas negociações já ocorreram – em Santa Catarina, mesmo que tenha perdido, em Florianópolis; e em Porto Alegre há uma vitória importante que pode acontecer lá.  

Mas eu acho que a grande questão em SP foi a divisão de um lado, a máquina partidária fez um candidato que não era das bases – havia outros candidatos, e o candidato natural seria o Haddad (PT), que não quis. Eu acho que são mais questões internas, de um lado, inclusive a demora, um candidato que não era das bases, e o terceiro ponto é a incapacidade de se ter feito uma grande aliança nacional em relação a vários partidos, como o PSB, PT, PCdoB, Psol. 

É claro que tem dois problemas aqui. A regra eleitoral feita recentemente impede que as alianças sejam feitas nas eleições proporcionais, porque antes você votava num partido e elegia outro. Agora não pode mais, assim como o coeficiente eleitoral dos partidos aumentou. Partidos como o PCdoB correm o risco de serem extintos, então, eles precisam sair com candidatos pra terem esse coeficiente eleitoral.

São questões mais complexas, mas tem o Psol, em particular, que teria tudo pra fazer uma aliança, como de fato foi feito em Porto Alegre. O caso de São Paulo eu diria que tem particularidades, como tem o caso do Rio. Mas eu acho que a grande lição que fica é que as esquerdas, pra enfrentar as direitas, precisam ser muito mais unidas do que o são neste momento.  

BdF – Falando nisso, e levando em conta que o Psol agora ganhou mais musculatura e o PT encolheu justo no maior colégio eleitoral do país, que chances o senhor acredita que a gente tem de ver uma dobradinha Psol-PT nas eleições de 2022? Acha que é possível o PT abrir mão de ser cabeça de chapa? Dá pra esperar algo do tipo ou ainda está cedo até pra pensar nisso?

Eu acho que dá, sim. O próprio Lula tem dado sinais de que isso pode acontecer. O PT continua sendo o maior partido de oposição do país, tem a maior bancada na Câmara, uma bancada importante no Senado e fez o maior número de vereadores em São Paulo, um dado interessante, assim como também fez uma boa bancada no Rio, junto com o Psol.

Então, eu diria que é possível pensar que haja uma coligação – em torno de qual nome não se sabe ainda, mas uma coligação pra 2022 – que passe pelos partidos de esquerda, embora vá depender muito também de quais serão os partidos de direita. Acho que tem uma correlação de forças aí que ainda não se sabe.

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Por exemplo, você tem uma possível aliança – pelo menos, neste momento, propalada pela direita –, você tem Moro, Luciano Huck, Doria, Henrique Mandetta, tantos outros e o próprio Bolsonaro, que pode querer, evidentemente. Ele já está em campanha desde que assumiu, mas resta saber como ele vai chegar, se é que nestes próximos dois anos não terá um golpe, se o próprio Bolsonaro não cairá pelos militares, se haverá eleição. Eu acho que nós estamos num estado de exceção, e não de normalidade, pra apostar completamente no jogo eleitoral, mas por enquanto ele está vigente e eu vejo a possibilidade, sim, de o PT abrir mão da cabeça de chapa.

BdF – Em Fortaleza, temos, no segundo turno, uma rivalidade tida como importante no jogo político atual porque há o candidato do Bolsonaro, Capitão Wagner (Pros), que vai disputar com Sarto (PDT). Levando em conta que nós temos aí o bolsonarismo X a oligarquia do núcleo Ferreira Gomes, que é forte no Ceará, é possível achar que o pleito na capital cearense neste segundo turno pode fornecer alguma leitura nacional? Porque temos o Ciro Gomes como possível presidenciável de novo pra 2022...  O senhor acha que esse resultado que teremos no segundo turno, independentemente de qual seja, pode nos trazer algum ponto interessante?  

Acho que não. Primeiro, porque o Nordeste votou fortemente contra o Bolsonaro nas eleições presidenciais. Foi uma vitoria do Hadadd, do Lula. Nestas eleições municipais, tem um quadro dividido – a gente tem o PSDB ganhando, por exemplo, em Natal, no Rio Grande do Norte, enfim, foge um pouco do controle dos governadores.  

Mas é diferente em Fortaleza, onde a família Ferreira Gomes continua tendo grande participação em aliança com o PT. Forma uma aliança muito particular, enquanto o Ciro e o PT nacional têm muitas pendengas, em Fortaleza há uma aliança do governador Camilo Santana (PT) e a família Gomes, são muito próximos. Eu não acho que isso seja uma leitura [nacional], porque nós não sabemos como vai chegar o Bolsonaro [em 2022], né.

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A minha aposta, olhando o cenário, é de que ele chega cada vez menor, diminuindo a sua capacidade de aglutinação, a não ser que o Bolsonaro tenha a capacidade de ser essa liderança da direita novamente. Mas eu acho que os sinais destas eleições municipais já estão apontando pra isso, de que esse outsider, esse antissistema aparentemente não tem lugar. A direita está preparando outros candidatos. Repito: Dória, Henrique Mandetta, Rodrigo Maia, ACM Neto, Moro. Há uma cepa de políticos de direita que estão sendo preparados em plena corrida a se tornarem candidatos, então, me parece que a força o bolsonarismo tende a perder.

Caso não perca, porque isso é uma hipótese, aí sim, mas, ainda assim, qual será o perfil de candidatos alternativos, sobretudo à esquerda? De uma esquerda mais radicalizada ou mais moderada? Também não sabemos. Acho que tem muita incerteza no ar pra gente prospectar.  

BdF- Ainda olhando pro futuro, uma última pergunta: o intervalo de tempo entre o primeiro e o segundo turnos este ano é mais curto. Quem se favorece com isso, levando em conta as grandes cidades? É possível apontar quem pode se beneficiar mais com isso agora nesta reta final?

Teoricamente, quanto menor a campanha, melhor pra quem já está no poder, melhor pra quem não quer se expor muito. Teoricamente, uma campanha mais curta beneficia quem já está no poder ou, entre aspas, “é amigo de todos” e tem essa linguagem de “não sou contra ninguém”, que é muito o discurso do Bruno Covas em São Paulo.

Mas, nos lugares em que há novidades, isso pode ser diferente. O Boulos é uma figura que é uma novidade. Houve uma onda. O Boulos conseguiu suplantar o PT como concorrente na esquerda, suplantar o Russomano e Márcio França. Não é pouca coisa, especialmente pra quem tinha 17 segundos [no horário eleitoral].

Mais ainda, o Guilherme Boulos tem uma grande penetração pelo MTST nas periferias e, paralelamente, tem a melhor campanha em termos digitais. Então, tem questões novas, teve uma onda Boulos-Erundina aqui em São Paulo. É claro que estou falando só de São Paulo, mas depende muito dos lugares, das correlações de forças. Em Fortaleza, me parece que o Sarto vence.

Outra coisa importante: embora curta [esta fase do segundo turno], os candidatos passam a ter o mesmo tempo de televisão, [dividindo os] debates. Por outro lado, ela é mais igual. O Bruno Covas tinha muito tempo de televisão, muito dinheiro, mas agora ficou mais igualitário desse ponto de vista. 

Acho que, embora haja uma certa osmose, de ser mais fácil pra quem está no poder, ao mesmo tempo há particularidades. Você tem tempo igual, tem debates com apenas dois e as particularidades de cada local. No caso de São Paulo, tem uma militância importante do MTST, a militância petista, tem mais psolistas. O PSDB não tem uma militância. 

Vão ter vários elementos aí que nós vamos experimentar em cada lugar. Acho que não dá pra falar genericamente. Genericamente, apenas [falamos] que quem está no poder,  teoricamente, vai por osmose. Mas, dependendo das circunstâncias, pode ser diferente.  

Edição: Rogério Jordão